sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

31 de dezembro - Aniversário da saudosa Judith Cortesão


BIOGRAFIA

Maria Judith Zuzarte Cortesão (Porto, 31 de dezembro de 1914 - Genebra, 25 de setembro de 2007) foi uma professora universitária, geneticista e  ecologista luso-brasileira.

Era viúva do literato português Agostinho da Silva e filha do renomado historiador Jaime Zuzarte Cortesão. Tem oito filhos, dois deles adotivos, 21 netos e uma bisneta.


Aos 17 anos foi obrigada a deixar Portugal porque seu pai, Jaime Zuzarte Cortesão, estava sendo perseguido pelo governo ditatorial de António de Oliveira Salazar. Sua família passou pelo exílio na Espanha, na França, na Bélgica e na Inglaterra e chegou ao Brasil em 1940, quando Jaime aqui se instalou para pesquisar a história da formação territorial do país.

Morou ainda no Peru, no Uruguai e novamente em Portugal. Estabeleceu-se em Brasília na década de 1980 e mudou-se em 1993 para a cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. 

Na Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), onde foi professora do único curso de Pós-Graduação em Educação Ambiental Marinha do Brasil. Participou de duas expedições brasileiras à Antártida e deu origem ao Programa Asas Polares, para proteção de áreas de pouso e reprodução de aves.

Em Rio Grande, também prestou consultoria aos museus Oceanográfico, Antártico e Ecomuseu da Ilha da Pólvora e foi membro do setor de Educação Ambiental, do Programa Mar de Dentro, que busca recuperar a Lagoa dos Patos e seus ecossistemas.

Judith dedicou-se também a erudição em diversas áreas do conhecimento, dentre as quais neuroendocrinologia, genética e reprodução humana.

Escreveu dezesseis livros, entre eles Pantanal, Pantanais e Juréia, Luta pela Vida. Participou da elaboração de seis filmes, como Taim, de Lyonel Lucini, sobre a reserva gaúcha. Foi uma das criadoras do programa Globo Ecologia e da ONG ARCA, e consultora das ONGS SOS Mata Atlântica e Instituto Acqua. 

Ela idealizou o Centro de Informação e Formação de Médicos e Cirurgiões de Doenças do Aparelho Locomotor de Brasília, no Hospital Sarah Kubitschek, e representou o Brasil em comissões internacionais, como a das Nações Unidas sobre Poluição Marinha de Origem Terrestre, no Quênia, e a do Patrimônio da Humanidade, no Canadá. Acompanhou missões da Unesco em Portugal e no Brasil, e representou o Peru, o Uruguai e a Inglaterra em congressos sobre assuntos tão diversos como Medicina, Literatura e Educação. Participou ainda das duas primeiras expedições brasileiras à Antártida, em 1982 e 1983.


Em 2003, em Brasília, recebeu pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a Ordem do Mérito Cultural.

Também em sua homenagem está em andamento a construção da Casa de Cultura Judith Cortesão dos Povos de Língua Portuguesa (RS) que será no prédio onde nasceu o almirante da Marinha Brasileira, Joaquim Marques Lisboa. A Casa de Cultura deve receber o acervo Drª. Maria Judith Zuzarte Cortesão, formado por seis mil peças, entre livros, revistas, teses, documentos em geral, além de artesanato dos mais diversos países.

Em 2005, a Fundação Universidade Federal do Rio Grande – FURG juntamente com o programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental – PPGEA foram contemplados no Edital 1/2005 do Ministério do Meio Ambiente para implantação de uma Sala Verde, a qual foi denominada de Sala Verde Judith Cortesão, devido a doação do acervo pessoal da Prof. Dra. Judith Cortesão.

Faleceu em Genebra, em 25 de setembro de 2007, aos 92 anos.



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Judith_Zuzarte_Cortes%C3%A3o

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